7 Doenças oculares infantis #1
Você já levou o seu filho no Oftalmologista? Ou até mesmo quando você era criança, os seus pais chegaram a te levar?
Não é de hoje que muitas crianças fazem seu primeiro acompanhamento com oftalmologista apenas quando os pais percebem que o seu filho está com alguma dificuldade em enxergar a direção nos seus primeiros passos, o som da voz dos pais, ou até mesmo quando eles começam a ir à escola, que eles começam a sentir dificuldade ao enxergar a lousa. Isso pode levar meses ou anos até a percepção da dificuldade, o que no caso de alguma doença, pode se agravar com a demora na identificação até o seu tratamento.
As doenças oculares mais comuns que precisam de um reconhecimento precoce são:
1. Estrabismo
O estrabismo é uma patologia comum que consiste no desalinhamento dos olhos, ou seja, um olho fica alinhado e o outro desviado, prejudicando assim a visão em terceira dimensão.
Na infância, a forma mais frequente de estrabismo é a endotropia acomodativa que aparece habitualmente entre os 2 e 5 anos de idade.
As causas variam de acordo com o tipo de estrabismo e com a idade de aparecimento, neste caso, resulta do esforço que a criança tem de fazer para focar as imagens. A maioria das pessoas que desenvolvem essa doença, apresentam sintomas de dores de cabeça, dor nos olhos e sonolência durante as tarefas visuais, sobretudo, nas crianças mais pequenas pode não haver queixas, pois não conseguem verbalizar o que sentem de forma clara, então o sinal mais evidente, é o próprio desalinhamento ocular.
Alguns casos são corrigidos com uso de óculos, mas muitas vezes são insuficientes para o tratamento, sendo necessário recorrer a outras formas, como o uso de tampões, ou a uma cirurgia de correção.
2. Retinopatia da Prematuridade
Essa é uma doença que como o nome diz, atinge apenas os bebês prematuros. Ela resulta da interrupção da vascularização da retina. Isso acontece quando o nascimento do bebe acontece prematuramente, e consequentemente o crescimento dos vasos da retina é interrompido. Esse crescimento é retomado após uma semana do nascimento, que pode ocorrer em uma má formação nos vasos, ocorrendo alterações na estrutura da retina. As consequências a médio e longo prazo são sobretudo uma maior incidência de estrabismo e de erros refrativos.
As formas de prevenção são praticamente inexistentes para esta doença uma vez que ela decorre essencialmente da prematuridade. A prevenção possível passa essencialmente por cuidados neo-natais. Sobretudo a detecção da doença em tempo útil é muito importante para que o tratamento se possa efetuar de forma adequada e no momento exato.
3. Ptose
Ptose significa pálpebra “caída”, embora possa ocorrer ptose da pálpebra inferior, habitualmente o termo refere-se a pálpebra superior. Ela pode se apresentar apenas ligeiramente caída, ou muito caída, podendo então cobrir parcial ou totalmente a pupila, podendo diminuir ou até mesmo bloquear a visão.
A maioria das competências visuais desenvolvem-se de forma muito acelerada durante os primeiros meses de vida, e o seu sinal mais obvio é a presença da pálpebra caída.
O tratamento dessa doença é quase sempre cirúrgico, que deve ser realizada em idade pré-escolar, entre 3 a 5 anos de idade, mas o processo cirúrgico é decidido com base na gravidade da ptose e na sua causa. Essa cirurgia consistem no encurtamento ou avanlo do musculo levantador da pálpebra superior.
As ptoses pequenas ou moderadas podem não necessitar de cirurgia nas idades mais precoces. Nestes casos mais leves, as crianças devem ser examinadas regularmente para garantir a ausência de ambliopia, de erros refrativos e de outras alterações associadas.
4. Ambliopia (Olho Preguiçoso)
A ambliopia consiste na diminuição da acuidade visual de um ou de ambos os olhos. É sempre provocada por uma experiência visual incorreta nos primeiros meses ou nos primeiros anos de vida. O único sintoma da ambliopia é a diminuição da visão! Contudo as crianças raramente se queixam de má visão, pelo que mais importante que os sintomas são os sinais de má visão.
São várias as causas de ambliopia, as mais frequentes são os erros refrativos e os estrabismos. No total desses erros refrativos e o estrabismo representam cerca de 99% das causas de ambliopia. Estas causas têm importância sobretudo depois dos 12 a 15 meses de idade, e embora o tratamento normalmente seja possível até aos 7 ou 8 anos, a recuperação é tanto mais fácil e rápida quanto menor for a idade em que se inicia.
O diagnóstico desta doença faz-se através da avaliação da acuidade visual!
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