Movimentações e tendências do varejo
No dia 16/05/2017 ocorreu um dos principais eventos de varejo do interior de São Paulo organizado pela ASIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas), trazendo informação e conteúdos sobre tendências e movimentações internacionais, perspectivas econômicas e tecnológicas no varejo.
Com objetivo de provocar e instigar o varejo brasileiro, o FRV trouxe tendências e movimentações que vem ocorrendo no mundo todo. As informações foram trazidas com base no maior e mais importante evento de varejo do mundo, que ocorre anualmente no mês de janeiro, na cidade de Nova York – Estados Unidos, organizado pela NRF (Nacional Retail Federation).
Para ilustrar e debater essas informações, o evento teve a participação de grandes nomes do varejo, como Eduardo Terra (Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), Héctor Nuñez (CEO da Ri Happy), Edimour Saiani (Fundador e idealizador da Ponto de Referencia), Paulo Corrêa (Presidente da C&A), Mauro Oliveira (Vice Presidente LATAM da CI&T), entre outros nomes renomados.
Foram apresentados insights da NRF aplicados no contexto nacional, também ocorreu um debate sobre o impacto da nova geração no mercado de trabalho e como as novas tecnologias e o mundo digital estão se desenvolvendo no varejo. Dentre esses temas, o que precisa de uma maior atenção é a forma que o varejo Brasileiro vem se comportando diante toda essa evolução. Se analisarmos uma breve linha do tempo de tendências do varejo e compararmos com o cenário atual, conseguimos nitidamente ver que o Brasil não vem acompanhando essas tendências e mudanças ou que de alguma forma não vem utilizando essas informações de forma estratégica e inteligente para profissionalizar e potencializar os próprios resultados.
Para exemplificar essa visão, demonstro a seguir as tendências apresentadas e prospectadas desde o ano de 2012 até o momento:
Nós últimos seis anos foi prospectada uma revolução digital gigantesca com o crescimento de e-commerce. Essa revolução deu início no ano de 2012 e se manteve muito forte até 2014. Os comentários gerais do mercado eram que “se qualquer negócio não tiver um e-commerce eles não iriam sobreviver”, pois esse era um fator determinante para a evolução neste período, porém, no Brasil, essa globalização ainda não era realidade por alguns motivos, são eles:
Varejo Brasileiro
- Maior numero de lojas são especializadas com produtos específicos para segmento único;
- A capacidade de adaptação e aceitação do novo é muito baixa;
- Temos um índice de gestão muito baixo;
- Muita burocratização de processos e taxas.
Varejo Internacional
- Lojas de departamentos com muitas opções e diversos produtos;
- Está em mudanças constantes, o que faz com que a aceitação e adaptação sobre novas situações tecnológicas seja muito maior;
- Maior acesso a tecnologias.
Assim como o evento utilizou como gatilho mental, o ponto que deve ser PROVOCADO é o baixo índice de gestão de nosso varejo. Isso acontece e é uma situação atual e preocupante, pois os varejistas não veem para onde podem crescer, pois acreditam que sua loja é pequena e possui um volume relativamente baixo de vendas. Mas o principal fator que dificulta essa evolução, é que esses mesmos varejistas acabam não investindo e não se atentando que precisam profissionalizar sua gestão e operação de seu negócio, para só assim melhorar e obter maiores resultados para sair da situação atual. Inicialmente, não adianta contratar as melhores tecnologias, criar um e-commerce se a as pessoas e sua estrutura não estiverem profissionalizadas e esse é outro ponto que bate de encontro com a tendência de varejo, que é a experiência que devemos proporcionar ao nosso cliente na hora da venda.
Hoje em dia temos muitas informações em diversos lugares, como o Facebook, onde você pode encontrar seus clientes e identificar seus gostos, o que ele curte, que páginas segue e o que compartilha, permitindo que você crie uma persona mais próxima da sua realidade e faça abordagens para os diversos estilos e gostos do cliente e promoções estratégicas.
Embora a todo tempo é falado de tecnologias, impressoras 3D, indústria robótica em alto crescimento, realidade aumentada e entregas de compras online via drone, o fator que mantém as lojas físicas vivas é a experiência que o cliente vivencia dentro dela e isso envolve diretamente a forma como os gestores as conduzem, desde sua gestão administrativa e financeira até atendimento que você entrega ao cliente que entra na sua loja. Muitas tecnologias e inovações ajudam a criar uma experiência ao cliente que faça com que ele não se esqueça de você e do que a sua loja proporcionou a ele, porém, como citado anteriormente, é a forma como você conduz que apresenta e leva até o cliente as ferramentas que gera o encantamento.
Podemos concluir que não se deve ter medo do “novo”, pois assim como nossa ilustre Elis Regina cantou, “o novo sempre vem”, dessa forma, devemos abraçá-lo e usá-lo como uma oportunidade para crescer, para isso, é importante que sua ótica esteja atualizada e inserida no meio digital, pois isso só tem a acrescentar à experiência do seu cliente, mas lembre-se, foque e de atenção na estrutura de sua ótica, aumentando o potencial de seus vendedores com treinamentos e feedbacks frequentes, utilizando as informações de seu sistema de gestão com inteligência e estratégias, e por fim aproveite as tendências a seu favor e tenha vantagem competitiva.
Se você quiser saber mais detalhes sobre o evento, assista nossa live feita no dia 18/05/2017 na nossa página do Facebook, efetuada por nosso CEO Orlando Bueno e com participação ilustre da nossa consultora e amiga Claudia Cunha CLICANDO AQUI. Ou se tiver interesse em profissionalizar a sua ótica e precisa de ajuda, entre em contato conosco!